segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Bla, bla, bla...

O que dizer desses dias longos, que são um piscar de olhos,
O que dizer desse tempo que passa, mas na verdade parou,
O que dizer de quem anda pela rua, mas não olha onda pisa,
O que dizer de você que não vejo e as vezes nem quando olho no espelho

Não digo o que dizer, mas digo o que vejo, o que sinto e o que quero
Todas as manhas e as manhãs que vejo o tempo e me inundo de sabedoria,
Afinal é o que dizem sobre o tempo e a experiência.
Vejo o tempo passado, sonhos se realizando
O tempo esculpindo minha face
E de tanto tempo que vejo que não vejo mais o tempo de ver o dia novo nascer

Posso não dizer, muitas vezes nem ver, mas sei bem o que sinto
Tanto tempo, tantas histórias, tanta coisa dita, bendita a maldita frase
Tudo que foi dito foi sentido com o peso do momento, mas o peso não muda com o tempo
As vezes parece que podemos esquecer, que o tempo consegue confundir o pensamento, mas eu lembro dos motivos, do sentir, lembro-me de sentir e por isso sei o porquê.
Mesmo com tudo que é dito, com o tempo que passa, e com tudo que é sentido, nada muda
Pode ser antagónico, mas foi dito no tempo com seu devidos efeitos por conta dos feitos,
Mas mesmo assim, nada muda
Nada muda

Nada até o momento é o que é, ou será que é?

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