segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Bla, bla, bla...

O que dizer desses dias longos, que são um piscar de olhos,
O que dizer desse tempo que passa, mas na verdade parou,
O que dizer de quem anda pela rua, mas não olha onda pisa,
O que dizer de você que não vejo e as vezes nem quando olho no espelho

Não digo o que dizer, mas digo o que vejo, o que sinto e o que quero
Todas as manhas e as manhãs que vejo o tempo e me inundo de sabedoria,
Afinal é o que dizem sobre o tempo e a experiência.
Vejo o tempo passado, sonhos se realizando
O tempo esculpindo minha face
E de tanto tempo que vejo que não vejo mais o tempo de ver o dia novo nascer

Posso não dizer, muitas vezes nem ver, mas sei bem o que sinto
Tanto tempo, tantas histórias, tanta coisa dita, bendita a maldita frase
Tudo que foi dito foi sentido com o peso do momento, mas o peso não muda com o tempo
As vezes parece que podemos esquecer, que o tempo consegue confundir o pensamento, mas eu lembro dos motivos, do sentir, lembro-me de sentir e por isso sei o porquê.
Mesmo com tudo que é dito, com o tempo que passa, e com tudo que é sentido, nada muda
Pode ser antagónico, mas foi dito no tempo com seu devidos efeitos por conta dos feitos,
Mas mesmo assim, nada muda
Nada muda

Nada até o momento é o que é, ou será que é?

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

sábado, 21 de maio de 2016

Entropia do pensamento

Quanto mais o tempo passa, as coisas na minha cabeça não tendem a se ordenar, isto é tudo tão estranho, mas na verdade é o real, algo que não sei dizer, algo que pode não ser, mas o caminho é assim, o caminho do caos, o caminho da entropia, esta é a vida adulta.
Uma vida é feita de caminhos, de pensamentos, de escolhas, mas uma vida não poder ser feita de arrependimentos.
Os caminhos são paradigmas interessantes. Cada escolha tem sempre um destino, cada destino contem uma história, mas o que é mais interessante é que podemos voltar ao caminho original, todavia o caminho não é mais o mesmo. As vezes podemos pensar ao contrário, que podemos refazer as coisas, refazer o caminho, mas nunca vai ser o mesmo, pois o tempo, a experiencia, as coisas que fazemos e aprendemos no meio deste caminho nos levam sempre por caminhos diferentes, mesmo que andemos pela mesma trilha.
Os pensamentos, este é outro paradigma interessantes de uma vida. Por incrível que possa parecer, e você que esta lendo isso, não se sinta ofendido, mas realmente há pessoas que não sabem o que é pensamento, há pessoas que simplesmente não pensam. Todavia o paradigma está no fato que o pensamento sempre existe, quando alguém diz: “foi por instinto” ou então “agi sem pensar, nem dei por conta que estava fazendo isso…” ; isto para mim é uma grande falácia, uma vez que tudo que fazemos é controlado pelo nosso cérebro, o que fazemos ou deixamos de fazer é apenas uma ação preformada que nosso cérebro já esta a espera. Posso dizer que simplesmente não acredito que uma pessoa possa agir por instinto, afinal somos e fazermos aquilo que pensamos, portanto pensar é simplesmente pensar e o agir é reflexo do que pensamos.
As escolhas… quando somos crianças as escolhas dependem muito da influência de quem está a nossa volta e de como nosso pais nos ensinam, todavia a escolha é sempre nossa. Podemos escolher o caminho, o que pensar e por fim o que fazer da nossa vida, mas uma lição que aprendi nos caminhos que trilhei é não se arrepender das escolhas que fazemos. Digamos assim, para uma escolha errada há sempre um ensinamento novo, nem que a mais básica das lições, ou seja, de que aquela escolha, ou aquele caminho não é o certo, aprendemos o que não devemos fazer.

Mas sem dúvida alguma, neste tempo o que posso dizer que aprendi melhor foi entender o meu caminho, foi a não me arrepender das minhas escolhas, e acima de tudo procurar sempre a felicidade. Quando se reconhece que o caminho é único, que só temos uma única chance de acertar, passamos a dar valor a cada minuto da vida, a cada vez que o coração bate, a cada ver que conseguimos respirar. Dar o devido valor as pessoas que estão a nosso lado é fundamental para uma boa convivência em sociedade, mas também procurar entender os que nos rodeiam é importante para mantermo-nos feliz.

quinta-feira, 19 de maio de 2016

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Do not go gentle into that good night

Do not go gentle into that good night,
Old age should burn and rave at close of day;
Rage, rage against the dying of the light.
Though wise men at their end know dark is right,
Because their words had forked no lightning they
Do not go gentle into that good night.
Good men, the last wave by, crying how bright
Their frail deeds might have danced in a green bay,
Rage, rage against the dying of the light.
Wild men who caught and sang the sun in flight,
And learn, too late, they grieved it on its way,
Do not go gentle into that good night.
Grave men, near death, who see with blinding sight
Blind eyes could blaze like meteors and be gay,
Rage, rage against the dying of the light.
And you, my father, there on the sad height,
Curse, bless, me now with your fierce tears, I pray.
Do not go gentle into that good night.
Rage, rage against the dying of the light.

Dylan Thomas, 1914 - 1953